sábado, 25 de novembro de 2006

Desafio-vos a ler até ao Fim...e cada Palavra!!!



Quem o conseguir, Parabéns!
Quem nem sequer tentar...é melhor olhar bem para a imagem em baixo e pensar que, podia ser uma vizinha, uma amiga, uma colega, uma namorada, uma irmã, uma tia, uma sobrinha, uma mãe, uma avó...
Porque não acontece só aos outros, mas a demasiadas mulheres! Todos os dias, várias vezes. Porque ignorar é sermos ignorantes. Porque não pensar, não faz desaparecer! Porque ajudar não custa nada. Porque alertar é um Dever!!

Porque todos somos Humanos!

Imagem da campanha venezuelana (AI - www.amnesty.org)


A Amnistia Internacional lança uma nova campanha de 16 dias de activismo.
Porque somos todos Humanos...porque não custa ler e passar a palavra...
Porque todos nós fazemos a diferença!!!


Colaborem!

«A violência doméstica ocorre em todo o mundo. Pode afectar alguém, mesmo ao seu lado. Pelo menos 1 em cada 3 mulheres já foi vítima de maus tratos físicos, forçada a ter relações sexuais ou vítima de alguma forma de abuso durante a sua vida.

Frequentemente, o agressor é um membro da sua própria família ou alguém conhecido.

De 25 de Novembro a 10 de Dezembro de 2006, a Amnistia Internacional vai realizar uma acção diária no contexto da campanha global "Acabar com a violência sobre as Mulheres".

Durante estes 16 dias você pode participar numa acção diferente, todos os dias. Ajude-nos a divulgar este escândalo de direitos humanos e faça com que os governos cumpram as suas obrigações de proteger as mulheres.

Seja um activista na luta contra a violência doméstica!


Como pode fazê-lo:
· Histórias de Casas-Abrigo:
Todos os dias você pode ajudar a introduzir melhorias numa casa-abrigo.


· Marcha contra a violência doméstica
Jogue o jogo online e junte-se à marcha virtual da AI
http://www.amnesty.org/svaw_dv/march/eng/»

Fonte: www.amnistia-internacional.pt



FACTOS:
___________________


ALDEIA GLOBAL

Como é que seria a violência sobre mulheres num mundo visto à escala reduzida, numa aldeia global de 1000 pessoas? (os números são baseados nas estatísticas da ONU, OMS e organizações governamentais e não-governamentais)

  • 500 pessoas são mulheres
  • Seriam 510, mas 10 nunca chegariam a nascer devido ao aborto por escolha de sexo ou morreriam devido a cuidados médicos inadequados
  • 300 são mulheres asiáticas
  • 167 destas mulheres são espancadas ou expostas à violência durante a sua vida
  • 100 destas mulheres serão vitimas de violação ou de tentativa de violação durante a sua vida

Violência na Família:

A violência no seio da família assume formas diferentes - desde a agressão física à agressão psicológica, como intimidação e humilhação, incluindo vários comportamentos controladores, tais como, isolar a pessoa da sua família e amigos, controlar e restringir os seus movimentos e o acesso á informação ou ajuda.

  • Pelo menos uma em cada três mulheres, ou um total de um bilião, foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais, ou abusadas de uma forma, ou outra, nas suas vidas. Normalmente, o abusador é um membro da sua própria família ou alguém conhecido. (E,L Heise, M Ellsberg, M Gottemoeller, 1999)
  • No Canadá os custos da violência contra a família rondam 1.6 biliões de dólares por ano, incluindo despesas médicas e baixa de produtividade. (UNICEF 2000).
  • Nos EUA uma mulher é espancada a cada 15 segundos, normalmente pelo seu parceiro ou marido. (Estudo da ONU sobre as Mulheres, 2000)
  • Na Federação Russa, de acordo com organizações não-governamentais russas, 36.000 mulheres são espancadas diariamente pelo seu marido ou parceiro. (OMCT, 2003)
  • Em Espanha, em cada cinco dias, uma mulher foi morta pelo seu parceiro, em 2000 (Joni Seager, O atlas das mulheres)

Violência Sexual:

A violação é a forma mais violenta de violência sexual. A violação está também associada à gravidez não desejada e às doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV/SIDA. Contudo, a violação não é muitas vezes denunciada devido ao estigma que lhe está associado, e muito menos vezes é punida.

  • Uma em cada cinco mulheres será vitima de violação ou tentativa de violação na sua vida (OMS 1997)
  • Nos EUA uma mulher é violada a cada 90 segundos (Departamento de Justiça 2000)
  • Em França 25.000 mulheres são violadas todos os anos ( European Women´s Lobby, 2001)

Mulheres e a Guerra:

A violência sobre as mulheres durante conflitos atinge proporções epidémicas. A violação em massa é usada frequentemente como arma de guerra, com o agravamento de, durante o conflito as mulheres serem forçadas física e economicamente a tornarem-se prostitutas, para assegurar as necessidades básicas da família. A guerra prejudica as mulheres de outras formas - as mulheres e crianças constituem a maioria dos refugiados e internamente deslocados.

  • 80% dos refugiados são mulheres e crianças (ACNUR, 2001)
  • Em 85 % das zonas de conflito armado foi registado tráfico de mulheres e raparigas (Save the Children, 2003)
  • Na Bósnia e Herzegovina entre 20.000 a 50.000 mulheres foram violadas durante os cinco meses de conflito em 1992 (IWCT, Women's GlobalNet, 23 Outubro 2003)
  • Na República Democrática do Congo, foram registados, por associações femininas desde Outubro 2002, 5.000 casos de violação, o equivalente a uma média de 40 por dia, na área da Uvira, (ONU 2003)
  • Na Ruanda entre 250.000 a 500.000 mulheres ou cerca de 20 % das mulheres, foram violadas durante o genocídio de 1994 (Relatório Internacional da Cruz Vermelha, 2002)

Práticas Nocivas:

Praticamente todas as culturas do mundo contêm formas de violência sobre as mulheres que são quase invisíveis, porque são vistas como 'normais' ou 'habituais'.

  • Mais de 135 milhões de raparigas e mulheres têm sido sujeitas à mutilação genital e cerca de 2 milhões estão em risco todos os anos (6.000 todos os dias) (ONU, 2002).
  • 82 milhões de raparigas, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, casarão antes do seu 18º aniversário (UNFP)
  • Em mais de 28 países de África, a mutilação genital feminina é praticada (Amnistia Internacional, 1997)
  • No Egipto, 97% das mulheres casadas, com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, foram submetidas a mutilação genital feminina. (Estudo da OMS, 1996)
  • A mutilação genital feminina é praticada em comunidades imigrantes na Dinamarca, França, Itália, Holanda, Suécia, Suíça e Reino Unido (ONU, 2002)


Em Portugal (dados de 2002)

De 11677 ocorrências criminais registadas pela PSP e GNR no contexto de violência doméstica:

  • 82% dos suspeitos são do sexo masculino
  • 85% das vitimas são mulheres
  • 85% dos crimes são contra a integridade fisica
  • 89% dos crimes são cometidos pelo conjuge ou pelo companheiro
  • Também em 2002, num total de 462 crimes de Maus Tratos do Cônjuge ou Análogo, sendo as vítimas:

    • 34 do sexo masculino
    • 428 do sexo feminino,

    E ainda os dados da linha verde (Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica), relativos a 2003:

    • 1880 atendimentos relacionados com situações de violência doméstica, dos quais 1284 em a situação foi exposta pela própria vítima de violência e 663 em que dói descrita por amigos, familiares, vizinhos ou mesmo instituições. 97,8% das vítimas indicadas eram do sexo feminino e 2,2% do sexo masculino. Acresce que a maioria das vítimas era casada (67,8%) e pertencente aos escalões etários entre 25-34 anos de idade (22,8%) e 35-44 anos de idade (22,7%). Os agressores eram, na sua maioria cônjuges (67,8%) e companheiro ( 17,7%) situando-se nas faixas etárias dos 35-44 anos de idade (22,0%) e 25-24 anos de idade (17,9%). È ainda relevante o facto de na maioria dos casos (75,5%) a vitimação acontece de uma forma reiterada há mais de 2 anos, sendo que uma grande percentagem (74,5%) nunca apresentou queixa ou denuncia deste crime.

    Segundo o Conselho da Europa, a violência contra as mulheres no espaço doméstico é a maior causa de morte e invalidez entre mulheres dos 16 aos 44 anos.
    - Fonte: Amnistia Internacional

    Alguns sites para visitarem:

    http://www.amnistia-internacional.pt/agir/campanhas/violencia/index.php

    http://www.amnesty.org/svaw_dv/march/eng/

    http://web.amnesty.org/actforwomen/shelters-251106-index-eng

    Se chegaste aqui, passa a palavra... Se sabes de casos, denuncia! É crime!

    OBRIGADA!

    6 comentários:

    ATIREI O PAU AO GATO disse...

    Bem-haja por tão importante contributo para a sociedade. Este post merece divulgação por toda a blogosfera.
    A igualdade do género, os direitos das mulheres a terem uma vida livre, são uma das fronteiras que demarcam a civilização da barbárie, provavelmente a mais importante e é também aquela elas aquela que nos demarca de um mundo de guerras absurdas.
    A paz mundial do futuro, também passa por aqui.
    Um grande viva para a Cláudia.

    Luís F. de A. Gomes

    ATIREI O PAU AO GATO disse...

    Errata:
    "(...) e é também entre elas aquela que nos demarca de um mundo de guerras absurdas.."

    Luís F. de A. Gomes

    Dulce disse...

    Cláudia,

    que bom aproveitarmos a liberdade de expressão que as novas tecnologias nos permitem e passarmos mensagens de extrema importância através da blogosfera.

    Eu fiz o mesmo no meu blog:

    http://agre-e-doce.blogspot.com

    e noutro em que também colaboro:

    http://lodonocais.blogspot.com

    É triste termos de reconhecer que a nossa intervenção é muito pequenina, mas já é um bom princípio...
    Pequenas intervenções como a minha, a tua e outras que referiste no post podem ajudar a esbater este cenário negro que muitos teimam em ignorar... ...

    Bom fim de semana,
    Beijinho, Dulce

    Francisco del Mundo disse...

    Belissimo post! Todos somos poucos nesta luta...
    Beijo

    xistosa, josé torres disse...

    Estamos a "comemorar" os anos do salazarismo.(Por muito que esperneiem, não se apaga com uma esponja, foi quase meio século!!!).
    O machismo, na sua plenitude!
    O futebolismo total!
    A religiosidade "fatinária"!
    A superprioridade humanóide do macho"
    Eu sou mau "liberal", não considero, dentro dum casamento, a violação.
    Não tenham dúvidas que se souber do caso, dum valentão, que bate ou torture a mulher, ou uma mulher, antes de denunciá-lo, (SERÁ UM TERMO CORRECTO, DENUNCIAR ?), "molho a sopa e de que maneira, não tenham a menos dúvida e só depois é que denunciarei os factos, não me denomine eu XISTOSA.

    xistosa, josé torres disse...

    Esqueci-me duma coisa, tenho quase 60 anos, mas não foi Alzheimer, pelo menos que eu me aperceba, pois quando isso suceder, se é que sucede, serei eu o dono da minha eutanásia, nem necessito de plesbicitos.
    A mulher, fisicamente, NUNCA se poderá comparar com um homem,(pelo menos, pelo meu ângulo de visão, pois gosto mais de curvas do que de rectas) mas as leis da Natureza,são implacáveis, desde a antiguidade:
    "Quem não usa calças, está nos patamares inferiores ..."
    Foi por isso que as mulheres começaram a usar calças !!!!!!!!
    (é só uma chalaça, pois elas usam calças, para não fazerem, regularmente, a depilação..., isto digo eu).
    Passem bem e não tenham dúvidas acerca de mim, sou casado há mais de 33 anos e apesar de não navegarmos sempre à bolina, eu e a minha metade, entendemo-nos perfeitamente.
    INTÉ!