domingo, 18 de junho de 2006

«Segue o teu destino»


Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
 
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
 
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
 
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
 
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
 
Ricardo Reis


sexta-feira, 16 de junho de 2006

"Butterflies & Hurricanes"



change,
everything you are
and everything you were
your number has been called
fights, battles have begun
revenge will surely come
your hard times are ahead

best,
you've got to be the best
you've got to change the world
and you use this chance to be heard
your time is now

change,
everything you are
and everything you were
your number has been called
fights and battles have begun
revenge will surely come
your hard times are ahead

best,
you've got to be the best
you've got to change the world
and you use this chance to be heard
your time is now

don't,
let yourself down
don't let yourself go

your last chance has arrived

best,
you've got to be the best
you've got to change the world
and you use this chance to be heard
your time is now

Muse - "Butterflies&Hurricanes"
There isn't much to say... with the times we are living we always need to try being the Best...and that costs more than we imagine.
It's hard work.
But hey, I can do it..why not?!

...Dream what you want to dream...all we need to do is...Believe! ...

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Tempestade Tropical?


Julgava que estávamos em pleno Verão. A semana passada esteve tórrida como tudo. Esta semana, que estou de férias, que queria ir para a praia…pois. Qual praia…debruçada na janela a ver chover.
Esta mistura de estações que a Natureza tem, tão bela quanto surpreendente, é algo magnífico! Tanto está sol, como ouço lá fora os relâmpagos, ao longe, com toda a sua imponência e gritando a sua rebeldia.
A mistura do calor e da chuva são como uma mistura de sentidos! Na cara ainda podemos sentir aqueles raios de sol que tentam passar por entre as nuvens, mas do chão brota aquele aroma peculiar da junção de água com a terra, com o alcatrão, com as árvores, connosco.
Pode parecer ridícula esta minha selecção de adjectivos, mas este tempo é algo que nunca consigo descrever verdadeiramente. Como se faltasse sempre algo. Como se fosse uma limpeza…
EU agradecia uma…nem que seja automática (uma quasi alusão às lavagens automáticas dos carros lol), entramos e sem qualquer tipo de esforço lá se vai todo o pó que nos atormenta…estou mais numa de tempestade do que Sol!
Porque…
…quero ir desanuviar para a praia e estou em casa,
…estive na praia mas areia estava molhada! lol
…tenho que estudar e não apetece,
…miss my sis que está à chuva (espero não! lol) no Brasil,
…a honestidade dos amigos dói (mas ainda bem!),
…estou farta de homens-lata!,
…o fim de semana nunca mais não chega e este vai ser bombástico,
…enfim...everything happens for a reason?! Right?!

Ao fim e ao cabo, a verdade é que por detrás da tempestade há sempre um sol a brilhar…e a esperança que as nuvens desapareçam…

Já agora, BOM FERIADO!! ;)

terça-feira, 13 de junho de 2006

O Estado da Nação


O Estado da Nação… pareceu-me uma boa ideia para um novo post.A verdade é que o povo português sempre tão cabisbaixo, supostamente melancólico e desagradado com tudo e todos, parece estar em maré-alta com as festas que aí se avizinham. Temos entretenimento – o futebol e os Santos em Junho, o Verão à porta – que chegue para esquecer quaisquer mágoas, ressentimentos e atritos, quer seja com o Governo, com o patrão, vizinho e afins.

Porquê?

Começou no Domingo o Mundial de Futebol. Tão esperado por uns, quase ignorado por outros, a verdade é que, mal ou bem, quer queiramos ou não, estamos intrinsecamente ligados a um sentimento aglutinador que vai além do puro futebol, que vai para além de uma selecção e uma bola. Impressionante como este desporto estimula na Nação um sentido de união que literalmente pára o país. Estamos todos juntos no mesmo barco. Estamos todos imersos na mesma esperança que é ir mais além. Esperamos e temos esperança de que podemos mostrar-nos ao Mundo, de que podemos mostrar o nosso valor [enquanto povo?] aos quatro cantos do Planeta.

A verdade é que realmente temos a capacidade, que aliás já demonstrámos, para a realização de eventos [ainda que sempre feitos a correr, ou não fossemos nós portugueses – falta sempre algo por concluir a tempo e horas…o que nos vale é que por qualquer razão não lógica os calendários e relógios portugueses não funcionam de acordo com a hora estabelecida a partir de Greenwich…] – penso mesmo que, num futuro próximo, devia ser a nossa especialização perante o mundo. O turismo e os eventos são o que temos de melhor [eu sei que não! Mas sejamos realistas, com a nossa fraca produtividade e com a globalização temos que nos especializar em algo. A verdade é que o nosso clima, a nossa costa, e ainda assim a nossa capacidade de acolhimento são pontos que haveremos de aproveitar muito melhor. E não estou a falar de um “aproveitamento” como aquele se faz no Algarve – não só com uma urbanização desregulada e completamente aleatória com prédios “quase a tombar para a água”, com um atendimento ao público que Jazusssss!..., e preços que levam não só os portugueses mas também estrangeiros a irem para outras paragens…queremos tudo e ficamos sem nada…irónico não?!?! Eu sei….isto é outra conversa!].

Mas será que só através do futebol é que os portugueses conseguem aperceber-se do seu valor?! Será que dependemos de uma equipa e um treinador [que vá-se lá saber como ou porquê tem o carisma de fazer com que um país coloque a bandeira de Portugal em cada janela] para nos sentirmos felizes?! Será que este adjectivo é interiorizado apenas num estádio, perante uma televisão?


Acho particularmente curioso que não consigamos empregar a mesma força e preserverança para alterar aquilo que realmente achamos que está mal neste país. É no mínimo curioso que as taxas de abstenção em Portugal continuem elevadas, que ainda haja pessoas que nem sequer são recenseadas, pessoas que não vão votar quando se realizam referendos! Fico indignada quando reclamamos e não exercemos os nossos direitos!!!

MAS felizmente o português sente-se feliz [desculpem a redundância] com o futebol e ao contrário daquilo que realmente interessa e que nos atinge diariamente, esquece tudo... e os estádios enchem, os bares ficam abarrotados para ver a Selecção e tudo está bem enquanto não se tem que pensar no resto. Temos direito a esse interregno, pois claro! Aliás, este sentimento de felicidade é particularmente curioso quando é mais fácil reclamar que há um jogador que não está a jogar bem, quando o treinador não está a treinar bem, quando Portugal não marca quando devia marcar…é tudo sempre tão fácil quando não somos nós no campo. E posso mesmo fazer a analogia para o estado da Nação – afinal é sempre tão mais fácil culpar o Governo do que está mal, culpar o Estado [quando NÓS é que somos o Estado] e esquecermo-nos que a responsabilidade está nas nossas mãos. É sempre tão fácil culpar os outros…ahhh como nós somos portugueses….

Mas há que ter esperança! Não me interpretem mal. Não é que perceba de futebol. Para ser sincera passa-me completamente ao lado o campeonato nacional e afins – exceptuando claro o meu Magnífico Glorioso BENFICA e os jogos da Selecção. Apesar de parecer que estou a criticar, a verdade é que aquele sentimento de pertença e o querer a vitória, ou o simples facto de estar com um cachecol verde/vermelho/amarelo ou uma camisola ou um boné é uma sensação que se sente e não se explica. Porque afinal somos todos portugueses com um objectivo comum. Ir mais além. Pena que só nos sintamos portugueses com uma camisola, boné ou cachecol, quando na verdade, mesmo que não tendo nada disso vestido, devíamos ter esse sentimento todos os dias e fazer algo mais para irmos muito mais além. Já dizia o poeta, falta cumprir-se Portugal!
Ainda assim, continuemos na bela acalmia que aí vem. O mar está calmo e os Santos Populares vieram para nos dar ainda mais alegria. Junho é o mês dos santos populares. Santo António a 13, São João a 24 e São Pedro a 29.
Lisboa está em festa e a noite de ontem pôs a população na rua. As marchas, os manjericos e os versos populares, a sardinha assada, a sangria/cerveja/ou afins, a música popular e a festa pelos bairros característicos da cidade é algo que ninguém quer perder.
Lisboa no seu melhor! :)



Santo António já se acabou
São Pedro está-se a acabar
São João São João São João
Dá cá um balão para eu brincar



Mas afinal, porque somos nós [portugueses] considerados tão depressivos, melancólicos e pessimistas, se temos um bom clima, temos praia, sol, futebol e festa???

Queremos mais, muito mais?!?

domingo, 4 de junho de 2006

I wish upon a star...



[Stinkfist]
Something has to change.

Undeniable dilemma.

Boredom's not a burden anyone should bear.
Constant over stimulation numbs me
But I would not want you any other way.
J
ust not enough.
I need more.
Nothing seems to satisfy.

I said, I don't want it.

I just need it.

To breathe, to feel, to know I'm alive.


Finger deep within the borderline.

Show me that you love me and that we belong together.

Relax, turn around and take my hand.

I can help you change tired moments into pleasure.

Say the word and we'll be well upon our way.

Blend and balance pain and comfort deep within you
till you will not want me any other way.
But it's not enough.

I need more.

Nothing seems to satisfy.

I said, I don't want it.

I just need it.
To breathe, to feel, to know I'm alive.


Knuckle deep inside the borderline.

This may hurt a little but it's something you'll get used to.

Relax. Slip away.


Something kinda sad about,

the way that things have come to be.

Desensitized to everything.

What became of subtlety?


How can it mean anything to me,

if I really don't feel a thing at all?


I'll, keep, digging
till I, feel, something.

Elbow deep inside the borderline.
Show me that you love me and that we belong together.

Shoulder deep within the borderline.

Relax, turn around and take my hand.


Acordei...
Apeteceu-me arrumar tudo...que maneira óptima de colocar a vida em ordem. Pensa-se em tudo e mais alguma coisa a uma velocidade alucinante...
Tenho tanto para fazer que não sei por onde começar. Aquela sensação de dormência bateu em mim por momentos, e ao ouvir a música em cima não posso deixar de pensar que, realmente, já é hora de colocar as coisas no devido lugar.
Milhões de pensamentos afiguram-se na minha mente quase como pirilampos que vagueiam pela noite, livres, soltos, quiçá perdidos ou achados mas que no silêncio percorrem o espaço.
I need more.
O que se avizinha é a turbulência de projectos. Realmente prefiro assim, viver a adrenalina de ter tudo para fazer ao mesmo tempo...e bem. É muito mais fácil tirar da cabeça a inutilidade das coisas que o coração sente para projectar na realidade a vontade de ir mais além...aquela vontade que me guia, que não consigo explicar...
Uma vez ouvi uma frase que, inconscientemente, me marcou. Não tenhas planos para a vida, que a vida tem planos para ti. A verdade é que deixo a minha própria vida livre.
Acredito. E isso para mim é o suficiente para saber que a mim virá aquilo que mereço, e espero o melhor.
Lutar. Pelos nossos sonhos e ideais. E ultimamente tenho tido bastantes conversas destas, de discussões sobre o estado do mundo. Alegra-me pensar que não luto sozinha pela utopia daquilo que não é, mas deveria ser.
Há que pôr mãos à obra...carta, trabalhos, exames, concurso....ai! Entretanto o Verão anda por aí, interail?Sudoeste?!....
E depois...depois, logo se vê...