domingo, 21 de maio de 2006

Carpe Diem...

...porque o dia é uno.


Bem...este tópico poderia dar pano para mangas, poderia ter imensas interpretações diferentes, mas no fundo advém do facto de algo que me disseram hoje de manhã e me ficou na cabeça. Talvez porque hoje à noite, na amena cavaqueira com os amigos, também o tenhamos tocado, ainda que numa perspectiva diferente.
«Carpe Diem...pode ser encontrado em "Odes" (I, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC), onde se lê: Carpe diem quam minimum credula postero, ou seja, colha o dia, confia o mínimo no amanhã.»
Acreditando que, na prática, não existe futuro visto que o amanhã nunca chega, realmente o postulado de se aproveitar o dia ao máximo é algo que, por certo, não refletimos tanto quanto devíamos.
Aproveitar o momento...tão simples quanto isto. E isto, pode ser concretizado das mais variadas formas...com um nascer do sol, com um café com os amigos, aquele cheiro a maresia, numa saída à noite, na vegetação em frente à televisão ou a contemplação de nós próprios enquanto microseres universais...
Porque todos somos diferentes (ainda bem!), também a interpretação deste axioma se altera consoante as personalidades de cada um. O que é verdadeiramente interessante! Mas afinal, as nossas vivências preenchem o vazio (lembrando a teoria da tábua rasa) com o qual nascemos, as memórias são realmente a única coisa que levamos deste mundo. E afinal, o que recordaremos nós quando formos mais velhos?!
Cada momento é único e singular. Cada momento tem a sua beleza. Até numa simples discussão poderemos retirar algo que jamais esqueceremos...cada momento deve ser vivido ao máximo sem ter medo de um futuro que poderá ou não chegar... ter medo de viver significa existir e isso é quase como morrer. Por mais que já tenhamos passado, recusar fazer algo com medo que aconteça algo de ruim é como comer amêndoas e apanhar uma que é amarga e ter receio de comer a seguinte, quando na verdade, a amarga é a excepção e não a regra.
Lembrei-me do filme O Clube dos Poetas Mortos e duma frase engraçada - "Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi" - isto também pode ser, sem dúvida, um daqueles momentos que, mesmo não lembrando mais tarde, marcam um momento. Por um lado a natureza que, queiramos ou não, nos abraça e faz sentir parte de um todo maior. Por outro lado, a própria constatação de que viver se opõe à existência pura e simples.
Viver a vida significa aproveitá-la e nao receá-la, porque o que a nós vem, por mal ou bem, tem um rumo que desconhecemos... só conseguimos apreender a vida quando olhamos o que está para trás, e aí sim, não podemos alterar o que se viveu ou ficou por viver. Não quero dizer que devamos cometer as mais insanas loucuras, mas afinal o que será que realmente nos impede de fazer aquilo que mais desejaríamos?
É difícil viver quando estamos completamente absortos na rotina diária e em que quase nos aniquilamos na monotonia. Mas afinal o que é realmente viver?
Continuo a achar veemente que deveria haver um manual de instruções (e já agora de reclamações também!) para esta vida... mas ainda que sem quaisquer certezas ou verdades, quando a amanhã chegar vou estar de olhos e braços bem abertos...para não acordar também um dia e achar que não vivi...
Sometimes, I feel the fear of uncertainty stinging clear
And I can't help but ask myself how much I'll let the fear
Take the wheel and steer
It's driven me before
And it seems to have a vague, aunting mass appeal
But lately I am beginning to find that I
Should be the one behind the wheel
Whatever tomorrow brings, I'll be there
With open arms and open eyes
So if I decide to waiver my chance to be one of the hive
Will I choose water over wine and hold my own and drive?
It's driven me before
And it seems to be the way that everyone else gets around
But lately I'm beginning to find that
When I drive myself my light is found
So whatever tomorrow brings, I'll be there
With open arms and open eyes
Would you kill the Queen to crush the hive?
Would you choose water over wine
Hold the wheel and drive?

5 comentários:

Anónimo disse...

E tu sabes o que me ficou na memória? As lágrimas derramadas na quantidade de vezes que vi o Clube dos Poetas Mortos, como o Drive era a nossa canção naquelas noites de Verão no Tribal, de como lá partilhei inúmeros bons momentos contigo e encontrei alguém muito especial. Beijinhos mor!

ferreira disse...

bah

João disse...

Há que realçar uma coisa: quem deixou o comentário anterior NÃO fui eu [http://jp-prometheus.blogspot.com]

Anónimo disse...

Really amazing! Useful information. All the best.
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Anónimo disse...

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