Estou ca, ha quase duas semanas...como o tempo passa rapido!
Porque a vida é feita de sonhos e interrogações, que nos movem, que nos guiam. Este espaço será de reflexão sobre aquilo que é e não é, sobre o que poderia ser. Escrever, divagar, pensar o mundo, a vida, o que nos rodeia...porque somos seres livres e imperfeitos, porque somos humanos e comunicativos. Interessemo-nos. Questionemo-nos. O Mundo é a nossa casa e todos nós, enquanto pequenos átomos deste imenso Universo, fazemos a diferença…
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Aventura na Cidade Cor de Rosa
Estou ca, ha quase duas semanas...como o tempo passa rapido!
domingo, 2 de dezembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
Human Dog?
Ia a passear pela cidade…o fim-de-semana estava muito agradável, ainda que a sombra trouxesse o frio. Tudo normal…
Contudo, não achei normal o que via à minha frente… olhei de lado, e de novo para trás… Não sou de reparar nem de olhar, mas fiquei a pensar naquilo. Ainda me passou pela cabeça o facto de que mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia o poeta, afinal.
Serei antiquada? - pensei eu. Para mim, aquilo, não fazia qualquer tipo de sentido… Ainda sou do tempo em que os primeiros passos se davam de um qualquer sofá para uma qualquer cadeira, e agradecia-se à fralda o bom almofadado em caso de queda… Mas lá está…os tempos mudam. Ainda assim, continuava sem perceber…
O que vi, foi apenas [sublinho de novo o apenas…não vá ser a minha mente retrógrada a cometer uma incrível gafe ‘securitária’…], uma mãe a passear a filha por aquela calma rua, mas com trela.
Sim, uma trela. Pareceu-me mesmo uma trela… Qual animal de estimação, não vá a criança que mal sabe andar, desatar a correr e não vão os saltos altos não conseguir acompanhar o ritmo. Fiquei tão parva que decidi investigar…
Afinal a “coisa” tem nome. E deve-se ter tornado comum…não sei em que planeta vivo não saber destas coisas…de facto chamam-lhe “trela”…ao menos nisso não me enganei.
Encontrei 'uma' da famosa marca Chicco, e eles escrevem - «Trela segurança ursinho: Permite segurar o bebé ao carrinho ou à cadeirinha, podendo-se usar também a trela segurança ursinho na altura dos primeiros passos para controlar os movimentos do bebé em locais públicos perigosos. O ursinho Chicco torna a trela segurança mais atraente para o bebé.»
Chamem-me o que quiserem…só o nome já arrepia…eu cá não gostei nada de ver uma bebé a ser levada como um cão que se passeia pela rua… but hey, that’s just me.
sábado, 10 de novembro de 2007
Pedras no Caminho...
“Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…”
Fernando Pessoa
domingo, 4 de novembro de 2007
Imagine...
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
FOOCCCUUUUSSSSS
__________________
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Notificação de Instauração de Processo de Contra-Ordenação
«Excelentíssima Senhora Doutora Cláudia F.:
Serve a presente para informar V. Exª. da instauração de um processo de contra-ordenação contra a sua pessoa, sob a alegação de desaparecimento de circulação, abandono de amigos e falta de cumprimento de promessas efectuadas.
Assim, considere-se V. Exª. notificada para a comparência em auto de instrução, a realizar em qualquer estabelecimento de restauração à sua escolha, na data que lhe for mais conveniente.
Informa-se, também, V. Exª., que a não comparência ou a falta de resposta a esta notificação constituem novo delito, punível com nova contra-ordenação.
Publique-se. =P
Sua Excelência o Meretíssimo Juiz do Tribunal das Amizades,
'O Amigo'»
__________________
Venho, publicamente, desmentir tal calúnia! De forma alguma sou desnaturada! =')
Amei, ainda assim, o puxão de orelhas que me foi entregue por e-mail, sendo que foi aqui devidamente publicado para que todos possamos aprender que, por vezes, as diferenças de agenda resultam...em Processos de Exigência de Comparência....! :D
Thank youuuuu!! ;)
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
doclisboa 2007
sábado, 15 de setembro de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Dali no Palácio do Freixo
sábado, 4 de agosto de 2007
The Simpsons Movie
Boa Sorte / Good Luck
Descobri esta música... achei-a bonita! ;)
É só isso
Não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais
That's it
There is no way
It's over
Good luck
I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change
(Refrão)
Tudo o que quer me dar
Everything you want to give me
É demais
It too much
É pesado
It's heavy
Não há paz
There is no peace
Tudo o que quer de mim
All you want from me
Irreais
Isn´t real
Expectativas
Expectations
Desleais
Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world... in the world
All you want all you want
(Repete refrão)
Now were falling (falling), falling (falling) into the night (into the night),
Falling (falling), falling (falling) into the night (um bom encontro é de dois),
Now were falling (falling), falling (falling) into the night (into the night),
Falling (falling), falling (falling) into the night.
Vanessa da Mata e Ben Harper - Boa Sorte / Good Luck
Quanto a mim... Boas mini-Férias! ;)
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Bordertown
Saí triste...com um sentimento de frustação profundo...
Bateu-me de uma forma tal que, de momentos assustadores, terminei com uma apatia quase total...
No fim houve silêncio...e segundos depois uma música com uma letra triste. Seria para ajudar a pensar? Seria para agir?
Senti necessidade de falar...mas para quê? Na verdade tinha sido praticamente tudo dito...falta apenas aquilo que sempre falta...a acção.
Senti-me novamente impotente...tudo é tão pouco...
Não posso deixar de pensar que, embrenhada na rotina diária é tão fácil esquecer... REWIND! ... É tão fácil não lembrar!...
Como pode não importar? Como pode ser relegado para a insignificância? Mas lá está... não lembrar remete para aquele momento em que o que interessa deixa de interessar, o que não se pensa não causa frustação, o que não se age não parece pouco...
No fim de escrever...em papel...parecia que não tinha sentido. Mas qual o sentido, se todo ele depende da divulgação? Talvez o pouco se torne muito...
MAS...
...na verdade o que realmente me frusta é que poderia ter começado de forma diferente? Teria ela feito a diferença?
Se eu começasse por dizer que....hmmmm...
...que os Direitos Humanos não passam de uma teoria (sem prática para muitos, com alguma para outros...) manchada de hipocrisia? Assinada por uns que a desrespeitam, violam, não cumprem ou ignoram? Onde a raça, o estatuto social ou o poder, podem fazer a diferença entre a vida e a morte? E que quem estiver do lado errado da balança...
-> Pergunto... Se tivesse começado por falar em Direitos Humanos, terias lido? Aliás... se viste Direitos Humanos pelo meio, vais ler?
Nós esquecemos diariamente que somos Humanos, que todos temos Direitos...e que devemos lutar por eles!
Há, contudo, um pequeno problema... os Direitos Humanos não dão dinheiro...dão dor de cabeça a muita gente...e as mentalidades não mudam enquanto os DH continuarem a "passar nos poucos segundos entre o Futebol e a Meterologia"!!!
Agradecimento à Amnistia Internacional, pelo seu trabalho de não deixar que situações como a do filme sejam deixadas no esquecimento...
Eu fui ver ontem a ante-estreia, e há muitas chamadas de atenção...
Vai estrear brevemente numa sala de cinema perto de vocês... mas não se esqueçam... não é Apenas um filme...Foi e É uma realidade Actual! Centenas (dados oficiais de uma polícia corrupta, mas as queixas de milhares de desaparecimentos não foram levados em conta...) de mulheres violadas, assassinadas, enterradas num deserto ou numa vala em massa...a Polícia não resolve os casos e o Governo não quer saber...
E então? Interessa?
quinta-feira, 5 de julho de 2007
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Hakuna Matata
Porque em cada um de nós há uma criança...mas porque, sobretudo, o lema é muito bom - os problemas são para esquecer! :p
That's what friends are for... Para ti, que sabes quem és, não te esqueças nunca que os amigos estão cá para o que der vier e gostam milhões de ti... a vida é demasiado curta, e sorrir é das melhores coisas do mundo! ;)
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Hmmm....
quarta-feira, 30 de maio de 2007
sábado, 26 de maio de 2007
Was It a Dream?
(30 Seconds to Mars - Was it a dream?)
What a song... Just can't take it off my head... ;)
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Rainy day...
(Foz do Arelho por Cláudia)
sábado, 12 de maio de 2007
Paths...
And I can't help but ask myself how much I'll let the fear
Take the wheel and steer
It's driven me before
And it seems to have a vague, aunting mass appeal
But lately I am beginning to find that I
Should be the one behind the wheel
Whatever tomorrow brings, I'll be there
With open arms and open eyes
So if I decide to waiver my chance to be one of the hive
Will I choose water over wine and hold my own and drive?
It's driven me before
And it seems to be the way that everyone else gets around
But lately I'm beginning to find that
When I drive myself my light is found
With open arms and open eyes
Would you choose water over wine
Hold the wheel and drive?
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Rir é o melhor remédio!
Mas, no entanto...ao ver os meus mails hoje, a Le Cool (quem não conhece, recomendo vivamente!!) despertou-me a atenção para um grande acontecimento... o Dia Internacional do Riso - dia 6 de Maio! :)
Sempre achei que rir é o melhor remédio para tudo...mas existe, de facto, algumas instituições que levam o lema muito a sério - Associação Sorrir ou mesmo o Clube do Riso. Existe, inclusivé, segundo averiguei, Yoga do Riso, Curso de Líderes do Riso, Voluntariado para o Riso, Abraçoterapia...fascinante!, sobretudo pelo facto de as pessoas terem de fazer cursos para rir, pagarem para poder sorrir! Estranho...
Está provado [cientificamente...lolol] que o riso é importante agente na prevenção de doenças de cariz psíquico como as depressões. Rir, segundo os especialistas, é um óptimo relaxante já que produz endorfina, uma hormona responsável pela sensação de prazer e felicidade. Assim, o estado de alegria activa o sistema imunológico ajudando na prevenção de doenças provocadas pelo stress, por exemplo. Além do mais, é um óptimo exercício! É que ao rir movemos 14 músculos da face, evitando rugas e a sensação de cansaço...a menos que nos cansemos de tanto rir! Divertido! :)
terça-feira, 6 de março de 2007
INCUBUS
A Romaria...
Estava no trabalho e a adrenalina já me invadia...saí e fui a correr para casa. Tinha que trocar de roupa, levar o meu muito old school casaco da Adidas e tomar as drogas para ver se o mau-estar desta constipação me passava... Saí de novo a correr e fui po Oriente...ainda consegui ouvir algumas músicas que tinha no mp3 até as pilhas acabarem. Mas tava quase a chegar.
Lá fui ter ca Nhukita linda que já pa lá andava. A bela da esplanada com vista para o Pavilhão Atlântico... meter a conversa em dia, comer qualquer coisa...já se ouvia a banda de abertura.
Lá fomos. :)
More than a Thousand.
Eu e a Nhukita lá entramos cedo, mas não o suficiente para todo o reportório de More than a Thousand. Mas bem...que poder que aquela banda tem! Ouvimos a última música (chegámos à conclusão que para grande tristeza nossa!) e távamos a delirar com aquilo! Entretanto viva o Myspace! lol :)
INCUBUS
Um bocado à espera...mais uns dedos de conversa, mais o cheirinho a cão que andava no ar...e as luzes apagaram....o delírio! Mesmooooo!!!
A setlist foi:
Quicksand - A Kiss To Send Us Off - Wish You Were Here - Have You Ever - Anna Molly - Paper Shoes - Warning - Redefine (Acoustic) - Drive (Acoustic) - Earth To Bella pt. I - Under My Umbrella - Light Grenades - Love Hurts - Sick Sad Little World - Dig - The Warmth - Pistola - Megalomaniac
Foi uma grande concerto é o que vos digo!!! O Brandon lá foi dizendo "Obrigado" num português perfeito, e ainda que nós somos o melhor público do Mundo!!!! :) Mas isso já sabíamos!!! lol Podemos ser poucos, pequenos, mas nos concertos levamos as bandas à loucura!!! É isso que dá gozo!
Houve momentos de grande êxtase...numa sintonia perfeita, numa melodia que fez vibrar o Atlântico!!! Houve isqueiros no ar...houve braços no ar...palmas, e mais palmas!
INCUBUS não se explica...sente-se, ouve-se, canta-se!
Obrigada e voltem mais vezes!!! :)
Ahhhhhhhhhhhh, já agora...para quem não sabe. Incubus colocaram um concurso via internet para que fizessem o teledisco para a música Dig, do novo album - Light Grenades. A verdade é que, por esse mundo fora, foi um português a ganhar!!!
Carlos Oliveira, a.k.a. Kaamuz é designer, tem 26 anos, é natural e residente em Espinho e é o vencedor do concurso I Dig Incubus. A sua curta de animação baseada nos desenhos para o novo album foi a base de inspiração e diga-se de passagem, não imagino aquele teledisco de outra maneira! :)
Aqui fica o teledisco e uma foto do Carlos com os Incubus em Los Angeles.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Small Things
Late at night as I was walking on the street I suddenly realise that the silence had company.
Looking around, I see the leaves dancing on the ground, chanting with the wind…
Contemplation…
Beauty is in every little thing…
Cláudia
8 Fevereiro 2007
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Os Grandes Portugueses?
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
"Warning"
A Kiss To Send Us Off (live) - Incubus
Podia dizer tanta coisa... meter 1001 músicas deles...pensar em cada palavra, sentir cada vibração...
Falta exactamente um mês mas o bilhete já cá canta....
Countdown!!!
5 de Março de 2007
Pavilhão Atlântico
Vemo-nos por lá!!! =)
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Ok. Do you want something simple?
«Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.»
Elogio ao Amor [Miguel Esteves Cardoso - Expresso]
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Pensamento do Dia
É impressionante como quando a noite cai tudo fica silencioso, tudo ganha outra beleza. Talvez porque fiquemos mais atentos não só ao que nos rodeia, como aos próprios pensamentos que surgem como pirilampos, como que pequenas luzinhas por entre o escuro. Tal como a luz que passa por entre os estores e se cola na parede...é engraçado!
É quase como imaginar o imenso Universo que me cerca, onde sou não mais que um grão de areia, onde sou não mais que um qualquer bilionésimo de microsegundo por entre a História universal...sinto-me pequena, o tempo faz-me sentir efémera...é neste preciso momento que quase sentiria a minha vida passar ao lado...mas como o que levamos desta vida são as nossas memórias, ainda sou feliz. Feliz, talvez adjectivo também ele efémero...contudo, naquele pequeno momento em que o sol me bate na cara e me sinto viva, é o que basta para saber que há algo mais a viver. Quando penso neste Universo infinito, gostaria de poder viajar por este Mundo finito. Há tanto mundo lá fora que quase me sinto presa neste pequeno país. Se os sonhos fossem ondas julgo que seria um oceano atribulado...
Sendo que tudo é feito de um futuro que não chega, vejo-me agarrada a um presente que se vive com uma meta que está já ali ao lado e cuja linha é tão ténue e francamente tão diferente como uma ida de foguetão ou olhar um precipício...
17-05-06
Cláudia
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Referendo dia 11 de Fevereiro de 2007 - Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Confesso que me sentei em frente ao computador...respirei fundo....respirei fundo novamente, e mais vinte vezes.
Olhei novamente para o ecrã do computador e respirei fundo uma última vez antes de começar a escrever. Só por um simples facto...a minha revolta é tão grande que em cada palavra que me passa pela cabeça tenho que procurar os adjectivos mais adequados para se enquadrar naquilo que considero ser o meu ser racional.
Tudo começou naquela primeira grande greve do metro que me catapultou para a confusão que são os transportes numa amálgama confusa de trânsito...não havia grande problema até porque ia a ouvir música só para não ouvir o típico reclamar português no autocarro, e num dia de Inverno o solinho que estava caía mesmo bem...até...
Acho que fiquei em estado de choque, revolta profunda, transtorno total!!! Não podia acreditar no que me tinha passado pelos olhos!
Impensável!
Para mim aquilo foi o descalabro. Ainda que pensem que isto possa ser algum tipo de histerismo, a verdade é que, para mim, pensar que em 8/9 anos desde o último Referendo as mentalidades não evoluem, é grave.
Para mim, foi muito grave, observar em outdoors frases como “Vote Não porque já bate um coração” ou “Porque é que os seus impostos hão-de servir para pagar clínicas de aborto?”. Não sei se é indecente ou de uma profunda sensação gregorial! Mas que me irrita, irrita! Só por um motivo (vírgula, mais uns quantos...)! Pressupõe-se [julgava eu...] que, num Estado Democrático se preste o serviço de Informar, de se tratar as questões com respeito e imparcialidade para que, cada um, na sua consciência, presente e futura, possam avaliar as implicações dos seus actos. Julgo eu que, de uma forma bastante simplificada, se possa chamar a isto Cidadania e Responsabilidade.
Assim, por favor, com o devido respeito que todas as opiniões merecem, alguém me explique como é que, com aquele tipo de pergunta se presta informação, esclarecimento ou consciencialização para o problema que vai ser referendado. Alguém me explique porque é que a questão que vai ser referendada é distorcida e tratada levianamente, puxando pelo sentimentalismo-moralista-que-não-resolve-e-condena. Estes outdoors são, para mim, publicidade que considero quase criminosa para todos os ignorantes que se recusam a pensar por um pouco que seja na questão, indo atrás do que os outros acham correcto, só porque sim! Aliás, neste caso, só porque não....
Então coloco a questão: o referendo vai colocar na mesa uma frase cujo cerne é muito simples – somos a favor ou contra a Despenalização? É só isto! Apenas isto.
Da minha boca, nunca!, ninguém, vai ouvir que sou a favor do aborto e, sinceramente, quem o disser levianamente é porque não sabe o que está a dizer. Eu não sou a favor do aborto. Ainda assim não posso, com o meu voto, restringir uma mulher (porque infelizmente não são os homens que vão parar à prisão...e peço desculpa q.b. para quem sentir que isto foi um qualquer tipo de ofensa) de, sobre o seu corpo, em consciência e com o peso que isso acarreta, avaliar as suas razões e agir de acordo com a sua realidade, num local seguro, higiénico, com acompanhamento médico, psicológico, em detrimento a anos de prisão.
Eu sou a favor da Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Português difícil ou é possível vislumbrar a luz ao fundo do túnel?
Passo a explicar as minhas razões [possivelmente mais elucidativas no comentário que está em “anexo” que coloquei no blog No Largo da Graça]. Coisa que todos deveríamos ter – opinião formada, racionalizada, independentemente de crenças, credos, moralismos e afins. Aliás, um referendo é um apelo a isso mesmo – a conscientemente votar – exercendo o nosso direito e DEVER de cidadania.
Mas há mais... ao ler o «Público» [Jornal Público, Quarta-Feira, 17 de Janeiro de 2007, pág.13] não sei se me choca mais o facto de se apelar ao bolso dos portugueses para votar ‘não’ ou à [suposta] fé eclesiástica, cristã (bla bla bla), de puro sentimentalismo grotesco e ameaçador como a «Acção Família» vai fazer com cerca de 2 milhões de panfletos que vão ser distribuídos nas caixas de correio com “coisas” contra a “liberalização do aborto” nos quais afirmam, e cito:
- “Nossa Senhora chora (...) por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido” [ainda bem que todas as crianças que vivem em orfanatos, cheias de traumas, são felizes, não chorem por elas que não é preciso....];
- a Acção Família “não está de acordo com o assassinato brutal de inocentes ainda no ventre materno”, reiterando ainda que, “Esta é a resposta que Nossa Senhora espera de si.”;
- citando directamente o jornal: “(....) O panfleto serve, simultaneamente, para promover um ‘estojo do Terço da Vida’ e o livro O Rosário da Vida, “com meditações para rezar o terço em desagravo ao referendo, que, por si só, já constitui uma ofensa a Deus” [nem comento...nem comento...nem comento...nem comento...nem comentooooooo!];
Mais?
O Cardeal Patriarca também reafirmou [Público, idem] a sua oposição à despenalização porque “uma lei que permita a destruição da vida humana é um atropelo de civilização, sinal de desvio preocupante no conjunto de valores éticos que são a base das sociedades humanistas, tão arduamente construídas ao longo de séculos”. [Prefiro não comentar, porque o que me vem à cabeça pode suscitar a fúria de alguém mais fundamentalista – há que reconhecer o papel da Igreja na construção das sociedades, a sua bem-aventurada Inquisição, e o seu tão recto percurso na História, com nenhum apelo à profunda fé avestruzana e sou-sempre-Eu/Igreja-que-tenho-razão....isto não foi um comentário!]
Mais?
Também gostei de ver e, infelizmente, ouvir, num canal público, alguém da Plataforma Não Obrigada! dizer que se deve votar contra o aborto porque é uma clara discriminação de quem não se pode defender. [claro que sim. Cada um acredita no que quer...óbvio (sem ironia e com o respeito máximo, sem qualquer tipo de questão e comentário). Ainda assim cientificamente/eticamente não está formada uma opinião relativa à concepção humana, mas preocupemo-nos com a discriminação no ventre porque a que há na sociedade, felizmente, já não existe!....]
E pronto...haja informação, consciência, responsabilidade.
Respeito? Por todas as opiniões em cima citadas. Com mais ou menos “simpatia” por umas e outras.
A minha opinião? Não interessa. É apenas mais uma em 11 milhões. Mas uma que vai votar. Como todos deverão fazer! A minha opinião, provavelmente, só interessa a mim. Daí este manifesto. Manifesto contra estas “políticas”, contra este show-off que tantos gostam de fazer na televisão, contra o pensar no longo prazo, contra o pensar no bem comum, contra tanta coisa...
Eu acredito profundamente na Democracia, acredito na liberdade de expressão, acredito no respeito pela liberdade do próximo, acredito na racionalidade humana, acredito que possamos pensar com a nossa cabeça, acredito na nossa evolução, acredito que haverá muito pouca abstenção, acredito na Utopia...dia 11 logo se vê se vale a pena ter fé...
Ficam ainda, alguns Números [«Público», 10 Dezembro de 2006, p.13]
- 906
Foi o número de abortos praticados ao abrigo da lei nos hospitais portugueses em 2005. Destes, menos de um quinto foram feitos por razões maternais. Na maior parte dos casos a gravidez foi interrompida por malformações fetais.
- 73
É o número de abortos oficialmente registados como ilegais que chegaram aos hospitais portugueses, o ano passado.
- 4454
Abortos registados como espontâneos. Representam quase metade dos episódios de internamento devido a interrupções de gravidez registados no Serviço Nacional de Saúde em 2005 (10 551 no total).
- 1861
Abortos são classificados como “não especificados” nas estatísticas da Direcção-Geral de Saúde. Este grupo incluirá, segundo alguns especialistas, muitos casos de complicações surgidas na sequência de abortos clandestinos, mas tem vindo a diminuir ao longo dos anos.
- 20 mil
Deverá ser o número de abortos clandestinos realizados por ano em Portugal, estimativa feita a partir de extrapolações internacionais (no ano passado, em Espanha, com uma população quatro vezes superior à nossa, registou cerca de 85 mil abortos).
- 230
Pílulas do dia seguinte vendidas o ano passado em Portugal
Para terminar, quero apenas colocar aqui um comentário que fiz no blog, «NO LARGO DA GRAÇA»- http://lagra.blogspot.com/, onde esta questão surgiu há algum tempo. Devido ao tema, sempre que pude, fui espreitando os comentários. E continuei caladinha a ler atentamente a opinião de cada um até ao ponto de saturação em que me decidi em pegar em alguns argumentos expressos para contestar o «porque sim» ou «porque não». Cada um tem a sua opinião, e esta é a minha. Desculpem se parece um testamento exasperado, mas foi essa a reacção que alguns comentários me suscitaram e desatei a escrever...
«CONCORDA COM A DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ, SE REALIZADA, POR OPÇÃO DA MULHER, NAS PRIMEIRAS DEZ SEMANAS,
É esta a questão que, em princípio, será colocada aos portugueses. Ou seja, somos chamados a responder a um apelo, a um referendo para decidir um assunto de tão grande importância.
Começo por referir que não li ao pormenor todos os comentários (por serem imensos) mas que não pude deixar de observar alguns pormenores que me deixaram um pouco assustada.
Comecemos pela questão do voto. Caro Jm, confesso que é de minha profunda admiração que se troque um direito (conquistado se bem se recorda) por um dia de sol! Ainda mais me frustra que muitos como o Sr. tenham essa mentalidade e não exerçam o seu direito e Dever enquanto cidadão português.
Adiante.
A questão
Engraçado
1- gostamos muito de falar em adopção. É tudo muito bonito se o nosso sistema funcionasse…Se os portugueses preferissem crianças/adolescentes, os quais parecem ter um prazo de validade que caduca após uns anos de vida (julgo ser dos 6-18 anos a taxa para ter uma família diminui radicalmente). E por favor não me venham dizer que temos muito boas instituições, pois tenho exemplos práticos de que não temos, para além do mais, mesmo as Associações Pró-Vida e afins gostam muito de aplaudir o seu trabalho às mães. Mas gostava de saber números certos, porque umas centenas não faz juz ao número (milhares?!) de mulheres que vão a Espanha.
2- isto abre uma outra porta. A lei que existe não passa de areia para os nossos olhos!!! E enquanto isso, continuam os relatos de mulheres que para além de rios de dinheiro que gastam ( e que, como alguém disse os “filhos” arremedeiam-se por cá, os “meninos” vão para onde o dinheiro pode salvar a família da “vergonha”), não têm o mínimo de condições higiénicas e onde autênticos carniceiros, sem o mínimo de qualificações as atendem! Não sejamos hipócritas! Esta é a realidade, porque ela não desaparece por causa desta lei, continua a existir! E este é o ponto fulcral – despenalizar, para que hajam clínicas onde existam condições (a todos os níveis) para que num acto extremo (não vale sequer colocar razões porque cada um tem as suas e quem julga está no Céu!!) a mulher tenha condição de ir para casa e viver com aquilo que praticou, e não corra o risco de se esvair em sangue antes de conseguir chegar a um hospital.
3- julgo que terá sido a Valéria que disse que «não devemos usar a ivg como uma espécie de método anti-concepcional». Para além de redutor da situação que existe em Portugal é ignorar o actual sistema que existe para se esconder atrás de uma ideia simples: defender qual das “vidas”, a da mãe (sim porque os “pais” muitas vezes nem existem, pelo simples facto de que não lhe pesa a eles!) ou da “criança”?
“Criança” esta não cientificamente provada, mas dogmaticamente defendida pela Igreja – a mesma que não aprova o preservativo, a mesma que continua a tapar o sol com a peneira em países cujo HIV/SIDA continua a alastrar a olhos vistos…(outra estória…)
O facto é que pensar sequer que uma prática evasiva e traumatizante se possa tornar um método (nem podemos usar anti-concepcional, porque JÁ foi concebido!) é ultrajante para as mulheres!
4- (…continuação - Informação: ) afinal, a informação não existe?! A Igreja enquanto instituição não deveria igualmente prestar essa informação? Não devíamos todos nós?! Aos vossos filhos, sobrinhos e afins?! Como é que podemos falar em informação quando, segundo bem me lembro, tivemos a discussão ridícula em Portugal – colocar ou não colocar caixas de venda de preservativos nas escolas -?! A resposta foi não. Curiosamente surge um novo fenómeno que preocupa a população médica – a pílula do dia seguinte, ela sim usada como método anti-concepcional e não como um último recurso, e este com repercussões que ainda são desconhecidas no longo-prazo!
Informação!? Podemos mesmo falar em informação, quando há décadas que esperamos por cadeiras de Educação Sexual? Quando nem professores especializados existem para essas matérias?! Isto é que é ridículo!!! Este país!
Querem duas visões simples deste referendo?
1- O «Não». Ninguém vai votar porque se vai para a praia, ou porque se vai passear o cão, ou porque a prima faz anos e não apetece. Os médicos, enfermeiras, e acusadas (sim porque não me lembro de ter visto nenhum homem no banco dos réus! E curiosamente são os homens que fazem “as crianças” e as mulheres que vão para a prisão!!!), continuarão a ser punidos. Espanha continuará a lucrar com os desaires portugueses (para variar), para quem possa pagar. Em Portugal vai haver gente nojenta que sem condições perpetua a carnificina às mulheres. Continuará a Não haver educação sexual. Continuará tudo na mesma. Quem beneficiou? Ahh, as “crianças”, sim... Certo.
2- O «Sim». Porque existem cidadãos que votam, ou porque em AR se decide aquilo que o povo quis ignorar. Ainda assim, a Despenalização da gravidez será uma realidade à qual o país terá de acudir. De qualquer modo, quer com sim ou não, as clínicas espanholas virão para Portugal. Em locais legalizados os médicos poderão prestar os cuidados necessários à realização de tal acto. Espera-se que toda a questão suscite uma vontade geral de mudança: educação sexual, informação NAS escolas não só sobre a temática, os riscos, sexo, contraceptivos, etc.
A verdade é que EU sou a Favor da Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez. Não consigo sequer imaginar as razões que levam uma mulher a tal acto – não consigo julgar quem o queira fazer por razões “de ser cedo de mais”, “porque o namorado/marido não quer assumir”, “porque a família não quer essa vergonha”, ou alguém que por razões económicas, sociais, habitacionais já não tenha condições para colocar um ser (para sofrer) neste mundo.
Muitas vezes interrogo-me quantas dessas pessoas a favor do não já falaram de boca cheia, por exemplo, em relação à pena de morte – “se é culpado deve pagar”, “matou o outro, deve morrer”, e agora, quando falamos em despenalização de uma prática que existe na clandestinidade, com todas as consequências inerentes a isso, abrem a boca para dizer que não. Mas claro, esqueci que não é a mesma coisa - Uma pessoa feita e uma não feita.
Vamos continuar a ser hipócritas e a colocar no banco dos réus aquelas pobres mulheres que tiveram o azar de ser denunciadas?
Quem é a favor do Não, pode mesmo ir passear à beira-rio, porque se não querem fazer filhos não os façam, se acham que existe informação divulguem-na, se acham que existem instituições apoiem-nas, se acham que a lei que existe é suficiente para os casos que Portugal vive, fiquem
Obrigada.
Cláudia
03:50 »
Um simples ‘Não’, não resolve!!! Um ‘SIM’, não resolve mas despenaliza!...