Cedinho...
Porque a vida é feita de sonhos e interrogações, que nos movem, que nos guiam. Este espaço será de reflexão sobre aquilo que é e não é, sobre o que poderia ser. Escrever, divagar, pensar o mundo, a vida, o que nos rodeia...porque somos seres livres e imperfeitos, porque somos humanos e comunicativos. Interessemo-nos. Questionemo-nos. O Mundo é a nossa casa e todos nós, enquanto pequenos átomos deste imenso Universo, fazemos a diferença…
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Bolas de Berlim
Cedinho...
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Estado da Nação V
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
SAVE TIBET!
Por tudo isto…não se pode ignorar!
Houve uma vez uma discussão do tema, lá na Índia, com um grupo onde, infelizmente não havia Tibetanos na altura mas, tivemos oportunidade de ter uma chinesa, que partilhou a sua visão, e a sua interpretação romântica de uma História Milenar (parcial e induzida diria….).
Para ela os Tibetanos são terroristas e não percebe por que razão existe tanto alarido nesta questão. Para eles não há questão. O Tibete sempre fez parte da China e não há qualquer motivo para quererem uma suposta independência quando têm tanto a ganhar (…e Tiananmen é, ainda, tabu, mas atentem no John Sweeney por exemplo – aqui e aqui!). Mas isto vindo de uma pessoa alegadamente culta que, ao viajar, se pôde permitir ter acesso a informação mais correcta mas, no entanto, para ela distorcida e confusa. A China ajuda o Tibete. Ponto!
Isto é o que uma China Comunista, um regime deste calibre sem respeito pelos Direitos Humanos diz. Actualmente, nestes Jogos Olímpicos envoltos em 'magia', por entre o deslumbre de ganhar ou a desilusão de perder medalhas, esquecemos o que existe lá naquele ‘mundo’ longínquo.
Eu jamais me imaginaria a dizer ‘Um dia eu tive um país’... Pois os Tibetanos poderão muito bem preparar esta frase ao ritmo que isto corre. Não diria Nação, porque eles já são uma Nação, cujo país foi invadido, cujo território é destruído, cuja cultura é despedaçada, cuja língua se deixa desvanecer por oposição ao chinês que se torna obrigatório como sobrevivência, cuja religião demonstrada é o mesmo que tortura, desaparecimentos ou mortes.
Tudo isto provoca uma dor tão profunda que não se faz ideia.
Este povo, um pouco por todo o mundo tenta, desesperadamente, chamar a atenção para o que se passa no Tibete. E o que se passa é muito, e não pouco como queremos esquecer.
Falei com muitos Tibetanos, ouvi muitas histórias, daquelas que ouvimos em silêncio sem saber o que dizer, sem conseguir dizer uma palavra de conforto, ou sequer imaginar. Ouvi histórias de grupos que passaram semanas nas montanhas gélidas, de como se tinha que comer os poucos rebentos que encontravam [quando estes, poucas vezes, haviam!], ou dormiam na sua roupa molhada sobre a neve; de como as longas caminhadas deixavam alguém pelo caminho…Ou como se foge com o coração na mão, rezando para que não sejam descobertos…
Um amigo, Tibetano, até aos seus 15 anos, não sabia de quem era a foto daquela pessoa que tinha na sala de casa; quando foi para o Mosteiro descobriu que sempre teve consigo o seu Líder Espiritual – o Dalai-Lama….
Ouvi muitas histórias, ouvi esperança, e vi lágrimas. Mas houve apenas um tibetano que me disse que não haveria nada a fazer. Que não há possibilidade alguma de o Tibete alguma vez ser livre. Baixei os olhos e acenei. Tem razão. Por muito que custe admitir, a independência parece utópica, perante o poderio da China.
Assim, a minha utopia, tal como a dele, passa por tentar criar espaço de manobra para que este povo viva, aliás sobreviva na sua terra. O essencial é que os Tibetanos possam falar a sua língua, praticar a sua cultura e religião, tenham direito às suas terras, possam ter Autonomia! Autonomia! É o Tudo o que se pede. Não há espaço para mais com um Regime assim. Lutar pela Autonomia!
Todos os Tibetanos, todos os Monges por esse mundo fora que pedem um pouco de atenção, da nossa atenção, suplicam apenas que a comunidade internacional dê voz a quem não pode.
Hoje em dia, no Tibete, para além de haver cada vez mais Tibetanos na rua, os seus ‘irmãos’ como dizem, coisa que não havia, há também uma colonização chinesa na área cada vez mais exacerbada. E a solução é partir, ficar para morrer ou morrer no desespero. Muitos há que sucumbiram ao pseudo desenvolvimento económico, mas muitos há que, na impossibilidade de partirem, vêem um país a morrer.
Porquê?
Porque é que não se faz nada?
Recebi há pouco tempo um vídeo da Sara e do Dani, um casal – portuguesa e italiano, que conheci em McLeod Ganj – Dharamsala - Índia [onde está o Dalai-Lama em exílio]. Tibet Torch mostra entrevistas a pessoas comuns, e a monges. Pesquisaram. Trabalharam. Agora resta-nos dar a conhecer, na esperança [que nunca morre…] de que o Mundo ganhe uma Voz e que, por detrás da beleza de uns Olímpicos, se relembre que há a desgraça e sangue de muitos, Chineses e Tibetanos! Link: http://video.google.com/videoplay?docid=-5867236236721401720&hl=en
O lema?!
“RISE UP! RESIST! AND RETURN”
Thukje Chey [Obrigada!]
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Saber mais:
www.volunteertibet.org (voluntariado em McLeod Ganj, Índia)
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Sonho de Uma Noite de Verão!
Numa noite em que o vento soprava frio, vi um Sonho. Um Sonho com Fadas e Duendes. Um Sonho com Amor e Magia, e um Final Feliz.
Quem não gosta de finais felizes?!
Um Sonho bem encenado, de uma estética simples, criativa e envolvente. Uma música eficaz ao fundo que acompanha todos os actos, que ajuda os actores a tornar a sua voz ainda mais vibrante!
Uma Noite de Verão com adereços coloridos, de um mundo imaginário que tornaram contemporâneo e nos transporta por Atenas e uma floresta.
Sobretudo, é um Sonho de Uma Noite de Verão que, de tão cómica chega a fazer doer a barriga!
Por isso aconselho! Aconselho ViVaMeNtE que passem pelo Teatro D. Maria II, e comprem bilhetes por 10€ para que, no Palácio da Independência, mesmo ao lado, possam desfrutar, até dia 16 de Agosto (3ª a Sábado), pelas 22h, de uma adaptação fantástica de "Midsummer Night's Dream" de William Shakespeare.
Divirtam-se!!! =)
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
O Estado da Nação IV
A cada quatro anos. Um país. Um Mundo. O acontecimento do ano. Uma união em torno do desporto para “construir a paz e um mundo melhor, educando a juventude através do desporto praticado sem discriminação de qualquer género e no espírito olímpico, o qual requer um entendimento mútuo, um espírito de amizade, solidariedade e jogo justo”. Assim disse Pierre de Coubertin, na carta Olímpica.
Em Portugal, a muito custo, depositámos fé naqueles que levaram o cachecol da Nação ao pescoço e ergueram a bandeira com um sorriso nos lábios para o mundo apreciar o nosso valor.
O nosso… A nossa esperança, a nossa fé e os nossos pensamentos positivos!
Será?
Por muito que me custe acreditar, há na nossa mentalidade algo que não se coaduna com os nossos séculos de História a viajar pelo Mundo. E penso que pouco vamos apreendendo e muito temos que mudar.
Ouço e leio a desilusão que se faz sentir devido ao facto de que alguns atletas terem sido afastados [judocas] para lugares que não os cimeiros, esperados. E que haverá uma pressão maior sobre outras modalidades, para compensar… a esperança. [?!?!]
Desilusão? A imprensa escreve-o. O porquê, não se sabe. Como poderemos ficar nós, portugueses, desiludidos com quem tão bem nos representa? Em tenra idade, com tanto esforço e sacrifício e a troco de umas poucas migalhas? São estes desportos, que são relegados para segundos, terceiros e nonos planos. Aqueles a quem se lhes exige, sem se lhes dar. O sangue, suor e lágrimas, não se paga com milhões de euros na conta ao final do ano. Nem sequer têm o apoio monetário, nem o oficial prestado pelo Governo.
Aqui ganha o Futebol. Só assim se explica que as altas patentes estejam em Europeus e Mundiais de Futebol, e nos Jogos Olímpicos, representação máxima de uma Nação [que leva representação do que os mero vinte e poucos jogadores], e nem o Primeiro-Ministro, nem o PR estiveram presentes. Férias a quanto obrigas…e a ausência nem se deveu, claro!, a uma [clara!] Manifestação a favor dos Direitos Humanos esquecidos [a isto voltarei num outro post…].
Afinal, quem desilude não são os atletas que estão a dar o seu melhor, e que o seu melhor deram para lá chegar. Afinal quem desilude somos nós, portugueses, que desacreditamos em público os nossos atletas, que não os apoiamos mesmo quando vão ao fundo, que não os levantamos e lhe damos melhores perspectivas para um futuro de medalhas.
Em vez do Orgulho, escrevem desilusão… Que tristes! Que pequeninos que somos… A esperança e o orgulho é sempre de todos, se for para ganhar. Se for para perder, a derrota e desilusão é sempre dos atletas… !?! Continuamos a pensar nos que ganharam sem ajudar os que os que poderão vencer…
Só há uma boa notícia no meio de tudo isto. Os Jogos Olímpicos destronam o Futebol na imprensa. Em vez de um caderno dedicado ao futebol, já só temos três ou quatro páginas. Há quem faça melhor ainda – o Diário de Noticias, cria uma secção de ‘Desporto’ para o futebol e outra ‘Sport’ para os JO.
Que paciência…