http://www.trekearth.com/gallery/Europe/Netherlands/photo444556.htm
Sou um anjo solitário...perdido por entre as estrelas...
Na vastidão deste mundo, procurei e não encontrei
Sem questão nem razão...
O sentimento é de que falhei...
Vasculhei entre as nuvens, pelos desertos e no rio que corre em mim
Passei pelo deserto em busca de meditação...
olhei o laranja da paisagem, o vermelho intenso, queria o calor do sol, o silêncio da areia sentido em cada grão.
Mas segui...
Parei a olhar o gelo e este tomou conta do meu ser...
o branco luzidio, a paz do nada,
o querer e não poder.
A dor que me infligem transcende-me!
Qual saco de boxe, dói em cada estalada...
Ainda tentei olhar em volta, disfarçar, não pensar.
Olhei o céu depois da euforia...queria mais,
não teria de pensar anestesiada com a música.
Não consegui.
Confrontada com o dilúvio percebi que o melhor era desabafar.
Parar. Há-de passar...
Será sempre assim, perguntei eu?
Como se a resposta fosse universal...
Tudo acontece por uma razão, mas essa razão parece estar mal...
Olhando em volta fico sem perceber a lógica
Olhando para trás, não consegui a magia
Olhando para a frente, na vastidão do incerto sinto o aperto tristonho...
Não são necessárias palavras,
É mais forte o sentido apurado interior, que não engana não
Que diz, segue em frente mas toma atenção!
Será que consigo olhar o céu sem ver as nuvens de trovoada?
Eu sei que cada passo faz parte de uma caminhada,
percorrido num espaço que, por mais mapeado, estudado, analisado,
consegue, num qualquer malabarismo universal,
traduzir-se na questão – é em falso ou não?
Com o desabafo...sentido, conseguido, expresso nestas linhas sei que,
quanto mais se procura menos se encontra.
Não tenho mapa, nem quero procurar.
Sou um anjo solitário, perdido por entre as estrelas...
Sentada no meu mundo, deixo-me estar.
Não quero mais...
Não me apetece -,
palavra em gozo que serve como conjunto de punhais
Deixa...é o jogo da vida [mas não se esquece].
Não quero mais...
Não me apetece!
*Cláudia*